DIA 2 - O segundo dia parte de Vicksburg rumo a Clarksdale, num trecho curto de 230 KM. Nessa etapa, passaremos por Merigold, um ponto perdido no mapa on fica o
Po Monkey's, um lugar surreal sem sinalização, endereço ou indicação, mas que é um verdadeiro templo dedicado a colecionar memorabília e contar a história da música e de tudo que acontece naquela região. Os visitantes são recebidos por Willie Seaberry, ou o Po Monkey's em pessoa. De lá, continuaremos subindo e chegaremos à cidade conhecida como uma das mais relevantes para a história do Blues. É lá que fica a
Old Commissary, uma fazenda histórica de algodão que recebe os visitantes para conhecerem a sua história e como ela se entrelaça com a música e os músicos nascidos no Delta do Mississipi; é lá que visitaremos o Delta Blues Museum, cujo nome é auto-explicativo; é lá que comeremos comida típica da região no Madidi, restaurante que pertence ao ator Morgan Freeman ou no Hicks Variety Foods, uma casa aparentemente normal mas onde qualquer um pode entrar sem bater e encomendar uma dúzia de
hot tamales por 8 dólares. Também é em Clarksdale que tomaremos uma ou duas no Ground Zero Blues Club, um clube de blues de raiz que também pertence ao Morgan Freeman (e, dizem, onde ele com frequência também toma uma ou duas) e, finalmente, é em Clarksdale que gastaremos o cartão de memória das máquinas fotografando a encruzilhada mais famosa do Blues (e provavelmente da música em geral). Foi nos arredores de Clarksdale, no cruzamento da Route 61 com a Route 49, que segundo a lenda Robert Johnson vendeu a alma ao diabo para tornar-se um mestre do Blues. Nesse dia, a torcida será para que o calouro resista às fortes emoções e que imaginar o capiroto na encruzilhada negociando a alma do Rob Johnson não seja emoção demais para o seu fraco coraçãozinho...