segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DIA 3 – CLARKSDALE – MEMPHIS – 120 KM RODADOS

Hoje tivemos o dia mais tranquilo em termos de quilometragem, apenas 120 KM entre Clarksdale e Memphis. Ontem, a noite em Clarksdale foi no melhor espírito do Blues. O plano original, de voltar no Ground Zero para assistir a algum show foi frustrado porque a bagaça não abre aos domingos à noite. Então partimos pro plano “B”: seguimos a indicação do Po’ Monkey e fomos parar do Reds. A aventura começou pra conseguir um táxi. Perguntei na recepção se era difícil e a moça respondeu entusiasmada que não, era bem fácil, porque só tinha um. Achei que tinha entendido errado e pedi pra ela repetir, mas era isso mesmo: era fácil porque só tinha um táxi na cidade, então era só chamar e o cara vinha... hehe... depois de esperar uns 40 minutos chegou o maluco numa SUV gigante e nos levou no tal Reds. Devo admitir que a primeira vista o negócio meio que assustava... Um negócio meio parecido com um galpão caindo aos pedaços, um povo meio estranho na frente do lugar e duas churrasqueiras gigantescas na porta assando salsicha e porco. Mas quando paramos e ouvimos a música que vinha lá de dentro....

Basicamente, o Reds é um clube tradicionalíssimo (não por acaso foi o lugar que o Po’ recomendou), que reúne gente que toca por hobby. As pessoas vão se sucedendo no palco, se misturando, sai um, entra outro e a coisa só vai melhorando. Palco é meio que modo de dizer também, porque não existe uma divisão entre onde ficam os músicos e o povo ao redor. É um lugar pequeno, com algumas cadeiras para o povo sentar, um bar onde só se vende cerveja e nada mais e a música rolando. Muito, muito, mas muito bacana!!!!!!!! A energia dos músicos no palco e do povo curtindo é alucinante. Sem frescura, sem luxo, sem sofisticação: só Blues em estado bruto!!!


Hoje, antes de pegar a estrada passamos na obrigatória encruzilhada da 61 com a 49 pra fazer a também obrigatória fotografia no marco do local onde, reza a lenda, o Eric Johnson fez o acordo com o Capiroto e vendeu a alma em troca de se tornar um mestre do Blues. Na sequencia rodamos os 120 KM até Memphis e fomos direto a Graceland, a mansão do Elvis e principal atração da região. O negócio é um parque temático de Elvis Presley. Visita à mansão propriamente dita, à sala de troféus com os milhares de discos de ouro e platina, sala de jogos, bar, sala de televisão (o cara assistia três televisões ao mesmo tempo), à coleção de roupas e de carros, enfim, coisa pra fã passar o dia inteiro e faltar tempo. A gente fez o roteiro básico e fomos comer porque a fome era bruta. Memphis é conhecida pelas costelas de porco defumadas assadas até quase soltar do osso. Achamos um lugar tradicional e pedimos um prato que dava pra alimentar entre 8 e 10 pessoas... achamos que seria suficiente... Mas o Montanha achou melhor pedir uma saladinha extra e uns onion rings de entrada... Ainda bem, senão ia faltar comida!!!!! J

Agora preparação pra festa do Barbalhão, que esperamos, será melhor que a do Rodrigão que não conseguiu comprar destilado num domingão em Clarksdale. Mas hoje vamos de leve que amanhã são mais de 500 KM de estrada e temos que estar bem dispostos pra visitar nosso amigo Jack em sua própria casa.